quarta-feira, 30 de maio de 2012

Tudo Passa .. - Parte 45


(…)
 

Rodrigo a narrar

Passava mais tempo com a Nádia nestes últimos dias, eu tinha mudado e reparei nisso, ela faz-me sentir bem e só ela me interessa parece que não vejo mais nenhuma rapariga há minha frente.
Chegamos a minha casa, ela parecia estar com receio de entrar.

R – Estás com medo de entrar?
N – É que há muito tempo que não venho a tua casa. – Riu-se.
R – Mas descansa que a casa não te cai em cima tonta. Senta-se no sofá se quiseres. – Ela sentou-se e permaneceu quieta, talvez estivesse desconfortável. – Então e que filme queres ver?
N – Oh tanto faz, estás em tua casa escolhe tu!
R – Tudo bem então. – Sai de perto dela, e fui ver na prateleira um que me agradasse, decidi-me pelo “Um dia” coloquei o cd no leitor de DVDs, e sentei-me ao lado dela. – Espero que gostes, é um pouco lamechas. – Sorri.
N – Não tem mal, eu gosto! – Abriu um sorriso lindo, aquele do qual eu tinha saudades.
Passado quase uma hora, o filme acabou e a Nádia já tinha derramado umas lágrimas, mulheres!

R – Sempre tão chorona babe. – Virei-me para ela, e passei com o meu dedo de leve no rosto dela afim de limpar as últimas lágrimas. Ela ficou envergonhada e olhou para o chão. – Bem, estou com fome e tu?
N – Sinceramente também. - Riu-se.
R – Então vamos para a cozinha, ando com desejos de umas panquecas com nuttela. – Dirigimo-nos para a cozinha.
N – Já foste fazer o teste? – Arqueei uma sobrancelha.
R – Que teste?!
N – Gravidez? Dizes que andas com desejos. – Deu uma gargalhada, e não me conti e acompanhei-a.
R – Esse sentido de humor. Bem vamos a isto!
N – Queres ajuda? – Chegou-se perto de mim a fim de me ajudar.
R – Na na ni na não, tu ficas ai sentadinha, isto não demora nada prometo! – Dei-lhe um beijo na testa, e meti mãos há obra. E então passado uns 15 minutos já tínhamos as panquecas recheadas de chocolate, os nossos olhos pareciam que brilhavam. – Ao ataque?
N – Bora! – Disse começando a comer.

                                                     X

Já estávamos de barriga cheia, a Nádia estava a comer o último pedaço quando reparo que ela tinha chocolate perto da boca.

R – Badalhoca estás suja! – Ri-me.
N – Onde? – Começou a limpar do lado contrário da cara.
R – Deixa estar que eu limpo. – Aproximei-me dela, era estranho estar assim de novo tão perto dela, ela não se mexeu então eu limpei-lhe o chocolate mas não me movi, olhei diretamente nos olhos dela que mostravam confusão, e depois voltei o meu olhar para os lábios dela, eu sabia que era perigoso estar assim tão perto dela, mas eu gostava do perigo, então fiz o que me passou pela cabeça e beijei-a. SIM eu beijei a Nádia, ela foi apanhada de surpresa e não retribuiu e quando me ia afastar, os braços dela rodearam o meu pescoço e aí sim ela retribuiu o beijo o que me deixou surpreendido e com medo da reação dela quando nos afastássemos.
E o ar faltou e afastámo-nos, ela levou diretamente as mãos há boca dando-se conta do que tinha acontecido e notava-se que estava em pânico, decidi intervir.

R – Oh Nádia, desculpa a sério não era minha intenção. – Disse aproximando-me dela, o que não resultou pois ela afastou-me.
N – Desculpa mas eu tenho de ir. – Saiu da cozinha, e eu fiquei ali parado a olhar o nada, e só “acordei” quando ouvi a porta bater.

                                                 X

A – TU FIZESTE O QUÊ RODRIGO?! – Gritou a Andreia, depois da Nádia ter ido embora sentia-me mal porque agora lhe ia complicar a vida e então pedi há Andreia para vir a minha casa.
R – B-E-I-J-E-I A! Quantas vezes vou ter de repetir o mesmo, só me sinto mais mal quando o digo. – Levei as mãos há cabeça.
A – A-I  M-E-U  D-E-U-S , eu ainda não acredito nisto!
R – Acredita porque aconteceu mesmo. – E de repente foi como se passasse um flashback na minha frente e revivi aquele momento de novo, sorri automaticamente.
A – NÃO SORRIAS MEU MENINO! AII – sentou-se ao meu lado. – Sabes que isto pode correr bem, ou pode correr mal. Bem para o teu lado, mal para o da Nádia e do Fábio.
R – Eu sei, mas não era minha intenção magoá-la, eu não a quero perder de novo.
A – Eu vou falar com ela, descansa. Bem vou andando, e depois mais logo talvez tenha noticias. – Deu-me um beijo e saiu, deixando-me ali enterrado no meu não tão arrependimento.

(…)